INFRAESTRUTURA DE DADOS ESPACIAIS DA UFBA
1. OBJETIVO
Fornecer à COSEG acesso a banco de dados geográfico com informações geoespaciais de qualidade conhecida sobre a UFBA produzida e atualizada pela própria COSEG, pela SUMAI e demais setores e laboratórios produtores de informações
2. A PROPOSTA
2.1. Projeto conceitual para a IDE-UFBA;
2.2. Banco de Dados Geográficos:
- interoperável entre os vários produtores de dados geoespaciais da UFBA
- que permita alimentar o SIG e demais propostas de produtos apresentadas
- que contenha informações mais básicas de utilidade para a COSEG
3. JUSTIFICATIVA
Um grande problema que afeta instituições como a UFBA é a inexistência de sistemas que permitam o registro, armazenamento e acesso eficiente à informação. A maior parte das informações encontram-se disponíveis apenas por meio de consulta a seus técnicos, inclusive quando se trata de informações estratégicas onde a componente geoespacial é essencial à característica e utilidade do dado. A COSEG/UFBA sofre do mesmo problema pois depende de 3 funcionários que possuem um vasto conhecimento dos Campi, assim como depende de consultas a funcionários com perfis semelhantes nas diversas unidades para obter informações muitas vezes que demandam ações emergenciais, como a consulta a câmeras de vídeo ou pontos de acesso a determinada área ameaçada. No que diz respeito às informações geoespaciais, as atividades desenvolvidas na COSEG têm grande dependência e inter relação com as ações realizadas pela Superintendência de Meio Ambiente e Infraestrutura da UFBA (SUMAI), uma vez que esta tem sob sua responsabilidade, a manutenção e conservação de uma área construída de 285.483,00 m², nos três Campi e tem entre suas funções “planejar, coordenar e controlar o desenvolvimento da infraestrutura e patrimônio físico da universidade; elaborar, acompanhar e coordenar a implantação das políticas de gestão ambiental; bem como zelar pela manutenção das instalações físicas e espaços comuns da universidade”. A COSEG necessita com frequência conhecer em um mapa a topografia, a vegetação, as trilhas utilizadas, os pontos de acesso, edificações, a disposição de câmeras e pessoal de segurança, etc.
Atualmente a cartografia de base referente aos campus da UFBA, bem como dados geoespaciais temáticos complementares de interesse da COSEG, não encontram-se acessíveis a essa Coordenação, ou a outros setores que demandam esse tipo de informação. São dados gerados pela SUMAI ou a partir de pesquisas e atividades de extensão das Escolas de Engenharia, Arquitetura, Geociências, entre outras. Esses dados encontram-se em laboratórios dessas unidades ou em computadores de professores, pesquisadores e alunos ou já não existem mais.
Outras informações encontra-se ainda em formato tabular (ainda que contenham informação de coordenadas) e sua espacialização dentro de determinados padrões pode ser de grande valia não apenas para o produtor do dado, como para outros usuários e gestores. Dados coletados para a própria COSEG atualmente encontram-se com essas limitações, a saber: A COSEG utiliza seu registro de ocorrência para gerar, exclusivamente, análises estatísticas baseadas nos números e tipos de ocorrências, “ignorando” a componente espacial nos seus relatórios. A implementação de um banco de dados geográficos é um dos passos mais importantes para uma melhor utilização das informações, uma vez que permitirá, dentre outras coisas, a realização de consultas convencionais aliadas a localização das ocorrências dentro dos campi da UFBA, tornando a visualização desses dados mais intuitiva e a tomada de decisões mais rápidas e assertivas. A organização e disponibilização dos dados em uma IDE garante ainda a qualidade dos dados uma vez que demanda a vinculação dos maemo a seus metadados (dados sobre os dados com informações sobre sua forma de coleta, data, responsável, finalidade, extensão, etc.). Fica dessa forma evidenciado a demanda da UFBA por uma IDE que atenda as demandas da CONSEG, e demais setores, pesquisadores e usuários de dados geoespaciais.
Nesse sentido uma IDE pode ser definida como:
“um meio de facilitar o acesso aos dados e serviços geográficos através da utilização de práticas, protocolos e especificações padronizadas, sem a necessidade de existir uma base de dados ou de serviços em um único local, ou seja, é um mecanismo de acesso de forma descentralizada, cuja manutenção dos dados ocorre em cada provedor responsável, através de uma única “porta de entrada”: o geoportal (ERBA et al, 2007). Conforme as idéias de Tulloch (2008 apud NAKAMURA, 2010, p. 33), uma IDE é um: “Consórcio [que] abrange as comunidades que irão juntas colaborar na aquisição, desenvolvimento e disseminação da Informação Geográfica”. Mas apesar das características especificamente tecnológicas, a Infraestrutura de Dados Espaciais também se destaca por outros fatores, como padronização e políticas de gestão, que definem como os participantes devem colaborar para permitir aos usuários acesso a dados geográficos disponibilizados por diversas instituições diferentes sem se preocupar com questões de interoperabilidade (SOUZA, 2011). O objetivo de uma IDE é tornar a informação geográfica acessível ao público, garantindo melhoria na qualidade do que é publicado, através da padronização e produção única, reduzindo os custos de acesso e de produção, e, consequentemente, ampliando os benefícios do uso da informação. Os níveis hierárquicos da IDE permitem estabelecer parcerias entre instituições públicas federais, estaduais e municipais, setor privado e academia, aumentando o leque de dados geográficos disponíveis.” (BRITO et al., 2014)
3. AÇÕES NECESSÁRIAS
Visto que não é possível a implementação da proposta da IDE-UFBA de forma integral em um semestre letivo, propõe-se como ações de curto prazo a ações que seguem, visando o atendimento das demandas mais urgentes da COSEG e contemplando os requisitos de uma futura ampliação para a composição de uma IDE-UFBA.
As ações necessárias para execução da proposta 2.1. Projeto conceitual para a IDE-UFBA são:
- Conhecer projetos de IDE Acadêmica proposta pela REDE IDEAcadêmica BR capitaneada pela UFPR;
- Adaptar propostas para realidades da UFBA e escrever projeto conceitual preliminar para a IDE-UFBA;
- Apresentar plano estratégico de revisão, consensuação e aprovação de projeto conceitual para a IDE-UFBA, contemplando os 5 componentes essenciais de uma IDE: Dados e Metadados, Tecnologia, Normas e Padrões, Política Institucional e atores (produtores/usuários/gestores)
As ações necessárias para execução da proposta 2.2. Banco de Dados Geográficos são:
- Definir padrões mínimos de dados geoespaciais e metadados (DATUM, projeção, sistema de coordenadas, formato, etc) - buscar seguir consensos das diretrizes da INDE, IDE-BA e proposta CartoIDEA(UFPR)
- Coletar dados secundários e primários básicos demandados pelos produtos de SIG e SR julgados mais urgentes pela COSEG
- Realizar transformações e padronização dos dados levantados
- Alimentar metadados dos dados secundários e primários levantados
- Modelar banco de dados geográfico básico
- Instalar Dados e SGBDGeo (Sistema Gerenciador de banco de dados Geográfico) em servidor da STI/UFBA
- Disponibilização dos Metadados em Catálogo - sugestão de utilizar geoportal no ambiente do GeoNetwork.
4. PLANOS DE INFORMAÇÃO
Click aqui para consultar a tabela atualizada de planos de informações (temas que constarão no Banco de dados geográficos)
Click aqui para consultar a tabela atualizada de planos de informações (temas que constarão no Banco de dados geográficos)
5. EXEMPLOS DE APLICAÇÃO
Figura 1. Página inicial da IDE Acadêmica da UFPR
REFERÊNCIAS
BRITO, Patricia Lustosa; SOUZA, F. A. ; CAMBOIM, S. ; GIANOTTI, Mariana . PRIMEIROS PASSOS PARA A IMPLEMENTAÇÃO DE UMA IDE UNIVERSITÁRIA. In: V Simpósio Brasileiro de Ciências Geodésicas e Tecnologias da Geoinformação, 2014, Recife. ANAIS DO V SIMPÓSIO BRASILEIRO DE CIÊNCIAS GEODÉSICAS E TECNOLOGIAS DA GEOINFORMAÇÃO. Recife: ITEP/UFPE, 2014. p. 77-84. Disponível em: <https://drive.google.com/drive/folders/0By_3idh4Uqr7aTV0dHU0OWJoY1E> Acessado em 12/06/2017.
MACHADO, Adriana Alexandria; CAMBOIM, Silvana. PROJETO E IMPLEMENTAÇÃO DE UMA IDE ACADÊMICA NA UFPR. Disponível em: <https://drive.google.com/drive/folders/0B9WX564EO7y_RTEyLV9CQUljZU0> Acessado em 12/06/2017.
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